A WGSN em parceria com a revista Elle promoveu, no último dia 17/06, uma conversa sobre o universo feminino e a moda.
A palestra, com foco na mulher e na transformação de seu comportamento e beleza, foi ministrada por Andrea Bisker, diretora do WGSN, e Cynthia Almeida, coordenadora do Movimento Habla, da Editora Abril.
Cynthia comentou que, atualmente, as mulheres maduras são ícones e referência de status e beleza. “Antigamente envelhecer era sinônimo de perder tudo de positivo. Hoje em dia as mulheres maduras são vistas como exemplos de status, de mulher bem sucedida e até de beleza”, ela afirmou, continuando: “As mulheres não precisam mais provar ao que vieram. Elas já mostraram, já são. E as mais novas admiram cada vez mais as mulheres que chegaram lá”.
Na palestra foi discutido o fato de que estamos vivendo em uma era de mashup de conceitos e padrões. “Antigamente uma mulher tinha pavor de ter cabelos brancos. Hoje em dia é considerada uma estética bonita, e usada até por mulheres jovens que tingem os cabelos de branco”. Bons exemplos disso seriam Lady Gaga e Kelly Osbourne, que já usaram os cabelos nessa cor, ambas aos 24 anos de idade.
“Isso gera uma mudança de comportamento e de consumo. Hoje em dia as mulheres jovens desejam peças do guarda-roupa da vó, compram roupa em brechó e a estética retrô hoje é usada pelas pessoas mais modernas” diz Andrea Bisker.
Junto com a admiração pelas mulheres maduras, outros movimentos surgem. Esse desejo pelo antigo fez com que as pessoas voltassem seus olhares para os anos 20, 30, 40 e até para o século XVI. E isso tudo será visto na moda, acredita Andrea.
Fazendo contraponto a essa tendência tão feminina, outro movimento ganha força. O Genderless, onde os mundos feminino e masculino se fundem, tornando-se um só. Nas passarelas já começamos a ver a força desse movimento, com modelos como Lea T e Andrej Pejic. “Cada dia que passa o mundo perde mais e mais o ‘isso é masculino’ e ‘isso é feminino’. Essa ideia está sendo pessoal, e não mais generalizada”, diz Andra Bisker. “É um movimento sem barreiras, sem gênero”, complementa Cynthia.
Parece mesmo que estamos vivendo uma mudança na moda e no comportamento das pessoas. Uma sociedade que sempre foi conhecida pela super valorização do jovem e por ditar o que é de menino e o que é de menina parece estar cansada da mesmice e ansiosa por uma revolução.
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